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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como compartilhar a partir do que estou vivendo? (5/set)

A pergunta não vem ao acaso. Estou vivendo um aprendizado atras do outro refletindo diariamente sobre mim, mas me parece impossível levar isso a outros além das palavras que escrevo por aqui.

Hoje tive uma oportunidade diferente. Um grupo diferenciado vindo da WTF, pude apresentar a Simplify para curiosos que queriam conhecer os aprendizados possíveis dela, a partir do que eu vivi, e não do que eu idealizo que outra pessoa poderia viver.

Não foi nada mega preparado, no desenho não tínhamos um nome e o título que já utilizava voltou mais uma vez, “A arte da colaboração”. Percebi que um artista não fala muito sobre como ele fez a arte dele, ele simplesmente a apresenta, deixa o publico ver e conta a sua experiência em fazer esta arte.

Inconscientemente simplifiquei, o projetor não funcionou, começamos mais tarde e o universo fez com que conversássemos em círculo, fui trazendo todos os temas que acho importantes no universo da colaboração de uma forma diferente, a partir de histórias que vivi na Simplify no contexto dos experimentos gerados neste espaço.

Fica mais simples contar histórias que vivi, para mostrar o que aprendi. Fica mais fácil mostrar a utilidade do que aprendi pra mim, do que tentar tornar útil para o outro. Esse tentar agradar o outro é tolice, é tão variável que tem 50% de chances sempre, de forma binária, no curtiu ou não curtiu e ponto. Não sei se o contexto, a experiência e as histórias do outro pra saber o quanto o meu aprendizado vai servir pra ele, só posso convidá-lo para experimentar olhar, e ainda assim como todo o convite posso receber um não.

Trago esse olhar de despreocupação, por que sempre tento trazer a melhor sequencia, o melhor desenho, o melhor fluxo baseado no outro. E desta vez o fiz sem roteiro, trazendo os pontos, falando bastante como sempre, mas contando o que vivi, sem ficar preso a histórias de outros, ou de que outros falaram. Pude citar algumas pessoas importantes, mas através das histórias percebidas por mim.

Foi necessário repertório sim, mas foi mais simples, e podiam ter acontecido mil e uma variações, ia depender de quem estava lá, de como a história ia conectar ou não. Na turma tinha uma diversidade tão grande a ponto de ter 2 crianças incríveis, que trouxeram mais profundidade quando falei da importância do sonhar e da atemporalidade do sonhar. Algumas observações que não fariam sentido em outro grupo fizeram neste e me senti livre, com potência compartilhando não de um saber mas de um viver.

Fui mais integro contando o que vivo, ao invés do que sei. O saber as vezes transmite arrogância enquanto o viver transmite simplicidade. Não sei se respondi o como, mas tenho certeza, que viver > saber.

Qual a coerência de ser quem se é?

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