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Foto do escritorRafael Urquhart

Como escolher quando duas oportunidades boas se apresentam? Como aceitar a renuncia?

Sabe aquele pensamento imediato do, “bahh ta difícil escolher…”

Pois é, quando só podemos escolher uma bola de sorvete, passamos por algo parecido, e vem pra mim a pergunta de que sabores quero escolher agora? Fico sempre no doce de leite.

Sinto que fazer perguntas…


de quê sabores?


Qual me proporciona experimentar mais de mim?


Qual me traz mais aprendizado?


Qual tem o desafio maior?


QUAL ESCOLHO? Qual vai me fazer bem?

Me apoiam em grau de comparação entre uma e outra, muitas vezes ainda as duas opções se equiparam em todas as perguntas, e talvez escolher a que vou dar atenção agora, e renunciar a outra não definitivamente, mas posterga-la para um outro momento, pode em si facilitar que nos façamos felizes nesta escolha.

Ao escolher UMA, renunciamos a outra, é um momento ambíguo de felicidade e tristeza, já que estamos felizes pela escolha, pelo escolhido, e ao mesmo tempo tristes pelo que renunciamos. Sustentar esta tristeza, entende-la, acolhe-la, e dizer a si mesmo que esta tudo bem, que é o melhor pra mim AGORA, permite-nos ANFITRIARMOS A NÓS MESMOS.

É lindo quando percebemos que estamos nos anfitriando, é a mesma sensação de quando arrumamos nossa cama, para descansarmos, ou quando nos arrumamos frente ao espelho.

Anfitriar-se não é só estender a alegria de si, mas também abraçar a tristeza do não escolhido, trazendo outra perspectiva futura de possibilidade, ou simplesmente encerrando uma lacuna, que talvez nunca mais se abra, e não sabemos, só sabemos do agora, do que nos faz bem, e dos caminhos que seguimos através das nossas escolhas.

Como a escuta atenta demonstra respeito?


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