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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como falarmos de segurança coletivamente?

Essa noite a porta dormiu aberta…

Nada aconteceu, mas de alguma forma a situação me remeteu as cidades do interior, bem pequeninas onde a porta realmente fica aberta o dia todo, e algumas vezes não tem nem tranca.

O que acontece nestes lugares, onde as pessoas deixam a porta aberta? Muito provavelmente elas se sentem seguras, e isso é ótimo. Como voltarmos a esse olhar?

Exploro essas perguntas, por que muitas vezes ao se falar de segurança, vem o assunto armamento, policiamento, justiça, mais cadeia, mais rigidez. Somos muitos circulando e parece que de alguma forma terceirizamos a nossa segurança a outros, ao poder público.

Ontem passei com cuidado, pela rua onde se encontra a simplify, na Bastian, contei mais de 40 prédios, com no mínimo 30 empresas funcionando, algumas residências, durante o dia 3 estabelecimentos tem segurança na porta, de verdade 1 pessoa na frente do estabelecimento cuidando da segurança.

Olhei com mais cuidado e vi que alguns prédios tem porteiro, no mínimo 5, já estamos ai em 8 pessoas cuidando da segurança. Não paro por ai, quase a totalidade dos prédios tem câmeras, alarmes e sensores antifurto, alguns ainda com vigilância terceirizada contratada.

Não posso imaginar, o quanto em recursos é gasto por mês entre todos os prédios desta pequena rua, mas sinto que não é pouco. Somo ainda que temos uma delegacia em uma esquina da rua, e um shoppingcenter com toda sua estrutura de segurança na outra.

Não quero olhar para os números mas tenho certeza que ultrapassam fácil os 100 mil. Quando foi a ultima vez que os tomadores de decisão de cada um destes estabelecimentos se reuniram para conversarem juntos sobre segurança, como minimizar custos e sim termos segurança de verdade ao ponto de deixarmos as portas abertas?

Acredito que possivelmente o ultimo diálogo faça mais de 20 anos, estou a 5 meses nessa rua, e ainda conheço poucos dos vizinhos, me considero parte desse sistema que não conversa, que não se conhece que não divide ou assume responsabilidades em conjunto. Parece que a culpa é sempre do outro, mas que será que pode acontecer se sentarmos para resolvermos a situação juntos?

Como costruir reuniões de vizinhos para gerar novas soluções coletivas?

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