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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como integrar mais e separar menos? (01/set)

Evoluir, sobreviver e INTEGRAR.

Ouvi estas 3 palavras juntas a primeira vez em abril de 2017 através do Oswaldo Oliveira ao descrever a Prospera. Me pareceu claro, mas ainda não estava pronto pra compreender, precisava viver estes 3 conceitos na prática para me permitir integrar.

Aprendi sobre as integrais nos cálculos do curso de engenharia, embora a palavra pareça simples, ela traz a sua complexidade, de trazer o todo de forma simples, posso olhar pelo viés de somar tudo que existe dentro de um parâmetro, soma de áreas, planos, e confesso que depois da faculdade nunca mais integrei.

De alguma forma fui treinado para segmentar, analisar, decidir e fazer. Parece bobo, mas se tem um problema grande, divida-o em partes menores, e interprete-as uma a uma, até ter o todo resolvido. Acho que isso se chamava derivar, dividir o problema em partes menores que descrevem o todo.

Inconscientemente repito o modelo que vivo. Que divide por classes, por acessos, por posses, por grupos, por tipos e julgamentos pré-concebidos naturais de uma sociedade industrial, que precisa segmentar para ter o todo no final da linha de produção.

Pode parecer muito estranho o que estou falando, mas aprendi a dividir desde a escola; os que eram bons em matemática e os que não eram; os que ficavam em recuperação e os que passavam por média; os que tinha aptidões musicais e os que não tinham; os que tinham grana e os que não tinham, e não preciso falar das idades, séries, e divisões de conteúdo por maturidades, sem se importar se alguém queria aprender mais rápido ou não. Tinha ainda o status dos que passaram no vestibular na federal ou na particular, os que fizeram cursinho e os que não, os que se davam bem com comunicação e os que não, aos poucos fomos criando setores, e tínhamos que escolher qual curso cursar, qual turma frequentar, o que vestir, e isso tudo aos poucos foi nos dividindo, e me dividindo.

Já escrevi algumas vezes a respeito de todas as minhas faces, aprendizados e hábitos em diferentes sentidos, mas não custa relembrar, já circulei pela turma que tem menos, pela turma que tem mais. Já fui da escola pública e também da particular, já trabalhei na empresa gigante que paga muito bem e na pequena que paga muito mal. Já trabalhei por conta, já fui empregado e também já fui funcionário público. Trabalhei com planejamento, com gestão, com projeto, com execução, com facilitação. Já fui desenvolvedor de software, já fui analista de sistemas, fui engenheiro, gerente, gestor, diretor, já demiti, contratei, e fui demitido e contratado.

Como integrar tudo que vivi?

Como integrar todos os perfis e grupos que já interagiram comigo?

Como ser um e ao mesmo tempo ser coerente com todos?

Preciso de mais perguntas, para entender que os problemas aumentam em número quando dividimos eles em partes menores, todos NÓS temos o mesmo desafio de ser amados, reconhecidos, sobrevivermos e evoluirmos. Estamos todos no mesmo barco, mas parece que meu problema é sempre maior que o do outro, e tratamos eles em separado competindo. Claro isso divide. Por que não juntamos os nossos problemas, nos tornamos Nós e saímos do eu. O eu é importante para as decisões, para as habilidades, para as perspectivas. Só que nós é importante para nos sentirmos aceitos, fazermos partes, nos sentimos dentro, acolhidos, protegidos e paralelamente importantes ao sistema a ponto de nos sentirmos úteis.

Acabo de me dar conta, de que quando estamos juntos, com uma direção focada nos sentimos uteis e parte de algo, por que estamos integrados, vivendo um nós.

Quando nos isolamos, os problemas aumentam, parecem maiores, intransponíveis, e de repente estamos fora, nos sentindo excluídos e não fazendo parte.

Ainda não tenho a receita, talvez o como seja continuar integrando mais e separando menos, até que não seja mais necessário pensar no integrar e isso já tenha sido incorporado ao ponto de não percebermos mais separações.

Como integrar tudo que vivi?

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