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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como lidar com a morte e risco de outros?

Vivo em uma piramide organizacional.

Me engano muitas vezes em pensar que o meu mundo é o mundo habitual, ou o normal.

Me enquadro num patamar enquadrado em menos de 1% da população mundial, seja por financeiro, por acesso, ou pelo conhecimento que tive a oportunidade de conhecer.

São algumas constatações para me trazer de volta a realidade, me fazer olhar que na base, na grande maioria da população, os riscos são maiores, o perigo é maior, as condições sobre todos os aspectos são mais adversas.

Segunda perdemos um funcionário por acidente, uma fatalidade sim. Mas fatalidades acontecem com quem esta mais exposto ao risco. Eu aqui da minha mesa no escritório fico mais distante do operador que está próximo a uma maquina, com risco elevado de trabalho além das condições que prejudicam a vida.

Sim são funções e atividades necessárias na cadeia ganha perde que vivemos, mas como me sinto quando ALGUÉM MORRE, não o conhecia, somente de vista, mas de alguma forma esta pessoa aparecia volta e meia nos números que analiso, meus números ao sentir essa perda, perdem total sentido, me sinto incoerente, confuso.

Mortes acontecem todos os dias, mas uma morte interna, que talvez podia ser evitada, e pensar nesse talvez me põe em prontidão, será que poderia?, será que podemos mitigar todos os riscos? Ou simplesmente eles coexistem conosco pela forma que vivemos? São perguntas que ainda não estou maduro para responder, não foi a primeira morte nas empresas que trabalho, já perdi a conta de quantas perdas, mais de 20 com certeza (não nessa, mas na somatória de todos lugares que trabalhei). Sei também que não vai ser a ultima, que outras virão…existem miles de cadernos e práticas para evitar, mas ainda sim seguem acontecendo.

Quantos morreram hoje no Brasil por um acidente de trabalho? Quantos morreram hoje por uma fatalidade?

Não sei, esse olhar pra perda, que o próximo posso ser eu no transito que é o maior risco que corro. Quantos outros, olhar para o risco que este colaborador sofreu, e da forma como morreu me traz a percepção de volta que meu mundo não é o mundo da maioria, e que ainda tenho muito trabalho para aproximar o mundo que desejo no futuro do mundo que vivo hoje.

Como podemos mitigar riscos?

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