Me sinto triste por não atender a expectativa do outro, e muitas vezes não atender a minha própria expectativa.
Tenho aprendido com a Chris Ganzo, sobre o reflexo da idealização. A minha idealização já é bastante grande e prejudicial a mim, somada a dos outros ela se torna quase que inalcançável, é como se eu me colocasse sempre uma parede enorme a ser superada que em 100% das vezes causa frustração.
A pergunta me veio muito ao avaliar o final de um ciclo, e perceber que muitas expectativas alheias não foram atendidas, pelo caminho dos últimos 20 meses, também ficaram algumas pessoas inconformadas, que não aprovaram meu trabalho, ou que de alguma forma pela forma que agi, ou pelo tom de palavras que utilizei se sentiram agredidas ou prejudicadas, e com sua razão, respeito a perspectiva.
Sim sou humano, e tentando acertar posso ter sido rude muitas vezes, ou no calor do momento ao tentar resolver um problema ter passado agressivamente por cima de algumas pessoas. É do jogo, e não fico feliz por isso, mas também entendo que é desumano tentar atender a expectativa de todos que nos cercam, e confesso que é muito difícil agradar a todos e ao jeito de todos em todos os momentos.
Se existe conexão, existe tempo para conversa, para retorno de feedbacks curando assim as arestas não desejadas, as frustrações do momento. Quando não existe a conexão estas arestas, pontos em desacordo e diferenças ficam viva na memória de um ou de outro, e se acumuladas podem resultar em raiva, desprezo e uma série de outros sentimentos e energias não positivas, causando mal em todas as direções.
Se causo um impacto contrario ao desejado, ou seja, se penso ou idealizo fazer algo positivo, e isso resulta na direção contraria negativa, acabo com três situações a escolher.
1) Me puno, me culpo, fico com raiva de mim mesmo, buscando razão, confrontando a perspectiva do outro e me sentindo um m… me enredando nos pensamentos do que podia ter feito e não fiz.
2) Julgo, confronto e fico somente na minha perspectiva, de que não fiz nada de errado, e acertei todas, sento na poltrona da razão e fico nela, confrontando, lutando e brigando com as outras perspectivas.
3) Aceito todas as perspectivas, limito a me aceitar como humano e avaliar que fiz o possível, o melhor possível, e que aconteceu o que tinha que acontecer, resgato os aprendizados positivos, os aprendizados negativos, colho o máximo de feedbacks positivos e negativos, para continuar vivendo o presente, acumulando experiência e sabedoria.
Quando olho para as 3 perspectivas me SINTO BEM, olho para a escolha, e escolho O QUE ME FAZ BEM, O QUE É MELHOR PRA MIM, O QUE É BOM PRAMIM.
Escolho aceitar o passado, utiliza-lo para aprender, lamentando as dores que deixei pelo caminho entendendo que cada um escolhe como quer continuar, se com dor ou sem dor. Lambo minhas feridas celebrando que elas me ensinaram algo e sigo aprendendo, hora como aprendiz, hora como mestre e na maioria das vezes como alguém que prefere errar tentando acertar, do que ficar parado no mesmo caminho de sempre.
Olhando assim, mesmo que o impacto saia em direção diferente ao idealizado, as outras tantas outras perspectivas existentes em cada pessoa que viveu a mesma história, tendem em algum lugar serem olhadas pelo viés positivo, na individualidade de cada um, e na construção de novas perguntas, como por exemplo, O QUE APRENDI COM ESTA HISTÓRIA?
Como sermos mais leves e alegres com nosso próprio ser?
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