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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como melhorarmos os ambientes comuns que estamos inseridos?

Nos responsabilizando por eles.

Talvez existam uma série de ações, meios, formas, movimentos e intenções para cuidar dos ambientes comuns, dos NOSSOS ambientes comuns. Mas enquanto a responsabilidade não for distribuída, acho pouco provável que a melhora seja sustentável a longo prazo.

Vejo mutirões, que volta e meia precisam ser ativados. Movimentos pontuais emergenciais de cuidado não menos importantes, mas que se perdem no tempo pois aparecem como movimentos de salvação, intervenções positivas mas que não param de pé no tempo.

Percebo alguns movimentos acontecendo, aplicativos onde as pessoas fiscalizam o cuidado com o bem comum, mas que não estimulam que elas mesmas faça algo. Claro que já é um começo, afinal fiscalizar, cuidar, cobrar soluções é um movimento importante na responsabilidade, mas acredito que o problema ainda esta que inconscientemente achamos que ALGUÉM é responsável, nunca nós mesmos.

DEIXE O AMBIENTE MELHOR DO QUE ENCONTROU.

Não é fácil, mas são nos pequenos hábitos que isso se multiplica por todos.

Vivi na experiencia da Simplify um fato curioso, seguidamente as pessoas se dirigiam a mim como alguém responsável pela Simplify, e me era custoso, ou melhor trabalhoso a correção, de que todos somos responsáveis. Não existe um culpado ou alguém especifico pra isso. No inicio esse era o recado. Não tem o responsável, não tem o encarregado ou a pessoa com o cargo padrão especifico pra isso. Mas como assim ?Era a pergunta de retorno. Simples, todos somos responsáveis, os acordos nos remetem a nos lembrar que não tem ninguém responsável pelo nosso lixo, nos mesmos somos os responsáveis por ele.

O matar o responsável, fazer com que inexista o mesmo, causa um impacto forte em quem escuta. O mais incrível é que ao invés de a pessoa se responsabilizar, é acionado algum mecanismo estranho, que faz com que a pessoa pense que o lugar é largado, não cuidado, sujo. Não ter um responsável especifico remete a um pensamento de que INEXISTE quem cuide e um reflexo do EU NÃO VOU CUIDAR.

Creio que esses movimentos não vem por mal, são reflexos do modelo que estamos inseridos. Aos poucos algumas pessoas foram entendendo, vendo que se todos fazem fica mais leve, só que com o tempo o caminho mais fácil se manifestou em contrario ao mais simples. Sim precisamos contratar alguém para limpar o espaço, e mais, não somente uma vez por semana, terminaram em 2 vezes vezes por semana.

O fato de ter alguém responsável especifico, elimina a experiencia da estranheza, e o simples é substituído pelo fácil, para alguns domesticados ao extremo a frase “TEM QUEM LIMPE” é comum. E não é uma frase verbalizada, é uma frase mentalizada no inconsciente de utilizar uma xícara e não limpa-la.

Trago esses pontos, pois a pergunta do como me remete a responsabilização, vivemos numa sociedade que para a responsabilidade ser entendida são utilizados mecanismos de repressão (não acesso) ou punição (pagar por). Nos acostumamos a pagar por tudo, então se não quero ou não posso acabo por pagar por isso. O viés é tamanho em punição que na maioria das vezes não sabemos nem pra quem estamos pagando, somente pagamos. Imagine se ao contrario disso reconhecêssemos quem assumiu essa responsabilidade que evitamos?

Se responsabilizar é algo incomum de ser ensinado. Talvez pai e mãe é que ensinem sobre responsabilidades num primeiro olhar, no meu entendimento não, pai e mãe criam as oportunidades para que pratiquemos a autorresponsabilidade.

Responsabilidade não é entendida, é percebida. E por esse simples fato ela só pode ser praticada e exercida. Deem a vara de pescar ao pescador e não o peixe. Usando essa metáfora, acredito que para melhorarmos o ambiente, precisamos entregar oportunidades de responsabilização, dar as ferramentas e possibilitar que os indivíduos que dele participam se empoderem para exercerem seu cuidado.

Como praticar a responsabilidade?


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