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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como mudar uma percepção negativa de outro sobre você?

Já ouvi a velha e boa constatação, “é difícil contentar a todos”.

Quantas vezes alguém criou uma imagem pré-julgada de você através da leitura de alguns comportamentos? Quantas vezes nós pré-julgamos alguém pela leitura precipitada de uma primeira impressão? Erramos para aprender, e o julgamento em uma hora ou outra, nos leva ao equivoco ou a uma má relação.

Costumo reagir a ambientes hostis, fui treinado em ambientes de trabalho moldados a competição, a presença forte, a constante tomada de decisões e resolução de problemas. Foram inúmeros bons aprendizados que me ensinaram a reagir a muitas coisas, mas de forma indireta me tornaram um pouco mais duro, mais sério mais fechado. Uso o mais, por que não sou duro, sério ou fechado, apenas estou assim em alguns momentos em que minha mente entra na automática busca de solução de problemas.

Me fiz essa pergunta ontem, por ter tido uma conversa com um dos colegas de trabalho, que criou uma má impressão minha, com seus motivos, e a partir desse julgamento construiu na mente dele um Rafael que só ele via, e que ao compartilhar com outros, também começaram a ver baseado nos fatos e situações que se repetiram. Não considerei um julgamento errado, ouvindo-o me contar as situações e percepções dei razão por ele me considerar um sujeito agressivo ou duro ao extremo, já que muitas vezes cruzei os corredores sem olhar para os lados, ou reagi bruscamente a uma expectativa não atendida de retorno.

Esse retorno a olhar pra mim mesmo, me remeteu a percepção que vejo deste estigma duro retornando seguidas vezes ao meu comportamento, trabalho, cuido e tento evita-lo, mas ele se repete. A percepção negativa do outro acaba me remetendo a percepção própria negativa que tenho de mim mesmo, é como se eu respondesse ao feedback, “sim eu sei, luto contra isso, obrigado por me amar o suficiente e compartilhar isso comigo”.

Dessa conversa aberta de troca do que pensamos um do outro, surgiu a oportunidade de falarmos também do que vemos de positivo um do outro. A apreciação mutua amenizou as arestas, criou outras perspectivas, e talvez no futuro com tempo de outras reflexões possa construir uma relação mais saudável com menos julgamentos e mais apreciações.

Eu julgo, tu julga, ele julga, nós julgamos….todos julgam. É o automático ser critico do nosso cérebro operando percepções de como eu acho que as coisas deveriam ser, cada um de nós tem seu mar de expectativas sobre o outro, que na maioria das vezes são extra-valoradas, e não correspondidas.

Como mudar?

Fico com a sensação de que ser apreciativo, falar sobre o positivo que se vê no outro, clarear expectativas e se abrir ao inesperado pode melhorar nossas relações, a “Comunicação não violenta” de Marshall Bertram Rosenberg, remete a esse olhar, de como nos comunicarmos a partir de um lugar mais amoroso, e como construirmos relações mais saudaveis.

E se pudéssemos não ter expectativas?

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