Multiplicar, talvez inspirar.
Minhas interações tem me mostrado que o meu limite de ação se extende até o limite do outro. Que sim, quando estamos juntos estes campos se multiplicam e podemos inspirar mais pessoas juntos.
O Ego é traiçoeiro a ponto de permitir que pensemos que podemos mudar o mundo, interferir no mundo, e fazer com que as pessoas mudem. Desse lugar de ego tenho reafirmado a certeza que não mudo ninguém, mas que juntos podemos mudarmos somando e trocando aprendizados.
Todo ambiente tem seu positivo, não existe ambiente 100% negativo. Essa percepção de positividade está em cada pessoa que interage com esse ambiente, podemos entrevistar as pessoas pelo viés positivo e dar luz ao positivo que cada uma delas vê neste ambiente. Se damos visibilidade pra essa soma de perspectivas, muito provavelmente sem alterarmos nada, já é perceptível o ampliar ou multiplicar de cultura positiva entre as pessoas, mas ainda assim depende delas esse ampliar de conhecimento e observação de entorno a partir de cada um.
Não sei se realmente multiplico, consigo trabalhar a cultura positiva em mim, ampliando-a pouco a pouco frente a cultura negativa sistêmica que estamos cercados. Ainda assim, ambas coexistem, percebo que a palavra positiva tem seu oposto, e portanto permite julgamento, permite divergência de 2 lados e seu uso pode ser motivo de conflitos.
O uso dessa observação a partir da dicotomia, entre bem e mal, claro e escuro, me traz sentimentos de negação do que existe. É difícil encontrar palavras únicas, que possam descrever o bem sem negar o mal, o positivo sem apontar para o negativo. Para percebermos o positivo que nos cerca inevitavelmente teremos que ter o negativo para comparar.
Multiplicar cultura positiva, acaba se traduzindo em melhora, evolução, crescimento de alegria e bem estar. Acredito que o ponto de observação seja o antes e o depois. Sou transformado por todos ambientes que interajo, e é uma escolha minha transformar ou não todos ambientes que passo.
Dando luz ao como, acredito que criar pontos de referência, compartilhar perspectiva de todos, ouvir e conversar a respeito da melhora percebida, pode nos aproximar de ampliar a cultura positiva nos ambientes. Mais que isso, pode fazer com que percebamos que não podemos ficar esperando o ambiente melhorar, temos que ir lá e fazer.
Como me sinto quando o risco bate a porta?
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