Dormir, quem não gosta? Tenho observado cada vez mais o nível da minha potência comparado ao tempo de sono que tenho tido.
Quando mais jovem, havia noites que dormia 3 ou 4 horas, numa sequência muito forte de entregas de trabalhos. Acordava mais cedo, ia dormir mais tarde. Nessa correria mundana vejo muita gente no mesmo ritmo, estabelecendo 4 ou 5 horas como um bom tempo de sono. Outros assumem essa jornada de 4 horas de sono por necessidade mesmo, mais de 1 turno de trabalho, ou na maioria das vezes relativo aos tempos de deslocamento de ir e vir do trabalho.
Olho para minha situação atual, posso não dormir as 8 horas que preciso, funciono da mesma forma, só que minha capacidade de atenção se altera, tenho um tempo de resposta mais imediato no quesito sobrevivência, é como se quando dormisse pouco minha capacidade de presença diminuísse.
Noto também nas vezes que durmo mesmo, que minha capacidade de conexão com o outro diminui, fico mais intolerante, mesmo que minimamente, mas percebo a diferença. Imagino que possam ser sensações apenas minhas, mas dormir menos que as 8 horas que preciso diariamente alteram minha capacidade de estar presente, e posso parecer mal humorado ao outro, pelo simples fato de estar menos aberto a conexão, ou com pensamentos acelerados em outro foco.
Não sou um especialista do sono, mas sou capaz de perceber em mim o que de melhor acontece e como acontece, acredito que cada um pode se experimentar a perceber qual a quantidade de descanso necessária para estar presente e disponível a conexão humana, com melhor humor, mais energia e em melhor estado de presença.
Como suspender nossa necessidade de controle em trabalhos coletivos auto-organizados?
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