Silenciar os aparelhos, olhar olhos nos olhos, escutar, falar e intencionar o que é necessário.
Parece uma receita de bolo fácil, simples e prática, mas não é. Difícil ficar 8 horas ou 10 horas nessa batida. Talvez 3 horas seja um número bom, para outros 1 hora, não sei.
Dar o seu melhor no encontro com o outro, mesmo que sua energia não esteja das melhores, que seu humor não esteja ajustado e que tudo esteja desmoronando. Estar com o outro é um presente pra si, e para o outro. Se existe um convite, um trabalho, uma conexão e uma intensão de promover algo em um contexto diferente, fazer e se conectar é simplesmente o remédio, dentro das possibilidades que existirem.
Venho conduzindo uma mentoria, ou facilitando um trio de amigos, que se propuseram a iniciar um novo foco de trabalho e precisavam de apoio para direcionar os esforços. Confesso que comecei um pouco sem saber como iria ajudar, simplesmente fui com as ferramentas que tinha, escutando, tentando entender o contexto e rabiscando a partir do que emergia e era falado.
Por vezes parecia que não saiamos do lugar, mas incrivelmente em todos os encontros estávamos desconectados do mundo externo, todos presentes ali, sem mexer nos celulares e focados na conversa que se desenrolava. Dedicar tempo a conversar sobre o que é importante cura, é minha única certeza nesse processo. Mesmo que nada saísse certo, o tempo juntos conversando sobre o que nos aproxima já seria por si só um resultado proveniente do foco.
Focar na conversa, focar no que o outro traz, somar, e ir construindo aos poucos, confiando no tempo, sem apressar, nem segurar, nem controlar, traz movimentos lindos e resultados efetivamente encantadores.
Poder encerrar uma conversa numa sexta feira, colhendo feedbacks de que o caminho percorrido foi importante, que se percebe, se sente e se vê possibilidades maiores com o que foi feito até aqui, e que o meu foco, apoio, atenção e ajuda foram importantes para movimentar e colocar no mundo e no papel novas possibilidades encheram e reabasteceram meu coração de energia.
Só é possível perceber o resultado do foco, se perguntarmos ao outro como foi, e o que foi percebido por ele, pedir Feedback não dói, só faz evoluir sentir e vibrar naquilo que mais importa.
E se, o silencio de se permitir observar te trouxer novas perguntas?
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