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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como reagimos frente as escolha dos outros? Julgar ou aprender?

Vivenciei essa semana situações que me permitiram frear meus julgamentos, olhar para mim mesmo e perceber que só posso me responsabilizar pelas minhas escolhas.

Isso interfere na idealização que crio nas escolhas dos outros, bem ou mal, achava (ainda acho no automático) que o certo seria que o outro escolhesse da mesma forma que eu, mas não temos as mesmas ferramentas para decidir, olhar para alguém que esta em situação extrema de vulnerabilidade e sobrevivência, como um ser humano que dorme na rua, suas ferramentas e disponibilidade de contexto são completamente diferentes e as escolhas naturalmente serão diferentes.

Ver alguém, escolher dormir na rua, para dar uma palestra e compartilhar conhecimento, me fez repensar muitas escolhas minhas, que muito me culpei mas no fim meu cérebro so estava abraçando uma oportunidade de fazer algo a mais. Quando escolho levantar e dormir pouco, quando escolho dar o meu máximo mesmo sabendo que meu corpo pode não aguentar, em algum lugar minha mente esta escolhendo abraçar a oportunidade, e percebi isso quando este ser magnifico, gratidão Ricardo Normann Miranda, por me ensinar que toda escolha é uma boa escolha, e não existem mas escolhas, mas simplesmente escolhas.

As escolhas são boas ou mas, dependendo da perspectiva de cada um.

A historia do Ricardo que na quarta feira dia 9, escolheu falar para 15 pessoas, e depois disso ir dormir na rua, ja que perdera o horário do albergue que era ate as 19 me fez refletir. Essa escolha culminou em um assalto a noite, em que outro morador de rua roubou tudo que o Ricardo tinha, 2 mudas de roupas, um par de tênis, uma mala para carregar seus pertences e um caderno de anotações.

Nos foi possível ressignificar que este outro ser humano, em ritmo de sobrevivência, escolheu retirar, roubar de alguém para fornecer para si, ou para vender em troca de alguma substância que provavelmente acalma seu cérebro da dor que esta exposto na rua.

Sim um morador de rua, fica vulnerável para entorpecentes, vícios que são como uma aspirina para dor de cabeça, e uma depois da outra provocam vícios intermináveis que acabam por destruir a vida.

Não sabemos quem roubou o Ricardo, não sabemos sua história, não sabemos a quantos dias não comia, não sabemos se na noite anterior ele também não foi assaltado, não sabemos se tem filho, não sabemos se usa drogas ou não. Ele simplesmente escolheu tirar de alguém para dar a outro. E só sabemos disso.

Na nossa interpretação minha e do Ricardo, é que ele tirou de alguém que naquele momento minha acesso a mais apoio, e aceitou a oportunidade de aprender, de fazer mais, e de evoluir junto com a simplify.

Julgamos tanto, achamos tanto sobre certo e errado, e é tudo uma questão de perspectiva, se clareamos o contexto podemos ver que já não existe tanto certo ou tanto errado.

Existe um lugar entre o certo e o errado, te encontro lá.

Você acredita em papai Noel? Como ressignificar objetos e bens?

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