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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como se permitir ter conversas difíceis que nos fazem aprender? (27/02)

Conversa difícil pra mim são aquelas que ficam em minha cabeça e sinto medo de comunica-la ao outro.

Podem ser conversas que retornam a traumas já vividos também.

Podem ser pedidos aos outros que não sabemos como dizer.

Pode ser o comunicar dum erro que temos vergonha em nos vulnerabilizar.

Pode ser também aquela fúria com alguém que nos tirou do sério e engolimos a seco.

Podem ser muitas coisas, que na maioria delas o que sentimos é insegurança e não confiança que passa a ser diferente de desconfiança.

Nos relacionamos sem um espirito de confiança, vivemos numa sociedade que não confia, que primeiro temos que conquistar a confiança para depois nos relacionarmos. Pra sustentar esse argumento é só ver a parafernália de processos que enfrentamos todos os dias, para pagar a conta dos que geram desconfiança. Não confio no número mas dizem que somente entre 2% e 3% agem de má fé, e estes são tão poderosos que deixam todo o sistema desconfiado e inseguro pra falar o que importa.

Aprendi que espaços caórdicos, são contendores construídos em confiança, para que o que necessita ser falado dentro de um contexto seja falado. Hoje aprendi alguns mecanismos novos, quem me lê e convive comigo sabe que eu estimulo o conflito, na maioria das vezes com força e comunicação pesada e extensa. Aprendi que do conflito emerge o aprendizado, então bora conflitar. Na simplify estimulamos nos acordos que todo o conflito que ocorre que seja conversado e a partir daí publicado o aprendizado que emergiu em cada um.

Ontem, aprendi que a ação gera o conflito, que por sua vez PRECISA DE CUIDADO, para voltar a gerar ação. E no meio disso tudo o que emerge é o aprendizado que cuida de toda a ação e de todo conflito. Parece maluco sem contexto. Mas imagine que você não gostou do que alguém falou e DISCORDA.

Fui tentar entender a origem quando dizemos DISCORDO DE TI, trago na integra a etimologia que me fez pensar neste instante.

O sentido original de discordar é a falta de união que surge quando duas pessoas têm ideias ou emoções diferentes sobre algum assunto. Assim como concordar significa “corações juntos ou unidos”, discordar significa separação ou falta de união. Do latim para o português, a palavra discordar perdeu o sentido ser diferente mas manteve o sentido principal de ter uma opinião oposta a outra pessoa.

Se discordo de alguém é por que estou desconectado da outra pessoa, e para poder me reconectar, preciso entender o que eu e ela podemos aprender juntos, gerando um ponto comum de aprendizado, que nos faça concordar, e estar de corações unidos outra vez com um novo significado.

Infelizmente somos estimulados a discordar o tempo todo, a bipolarizar o tempo todo, e isso não é ruim, pela discordância descobrimos o novo que não conhecíamos e evoluímos. Porém quando discordamos, deveríamos pensar nas formas de concordar ao invés de partir pra violência do convencimento.

Assim me fica mais fácil dizer o como se permitir ter TAIS CONVERSAS, ressignifique a palavra discordar, abrace o conflito por que ele é um livro aberto de algo que estas prestes a aprender. Se não temos um conflito ou fugimos dele, acabamos por guardar uma energia absurda dentro de nós de curiosidade do que não aprendemos, acumulando ao ponto de estourar com o outro e NOS AFASTARMOS DEFINITIVAMENTE DO OUTRO. Talvez isso explique tanta violência, tanta briga, tanto afastamento e separações entre nós humanos.

No fundo, viemos desde o nascimento a esse mundo para aprender a nossa experiência, e nós somos responsáveis por escolher quais conversas queremos ter, e em que momentos estamos presente ao nosso entorno para nos conectarmos de coração e fazermos juntos ao invés de separar-nos.

Como se sente alguém que não foi convidado pra festa?

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