top of page
  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como se utilizar do conceito de bem comum para os seus projetos?

Se utilizar de conceitos…

Deixo no ar, por que sinto que aquilo que nos inspira, já é por si só algo que navega em um bem comum.

Seja uma citação, uma frase com energia, uma idéia simples tirada de contexto ou ainda uma imagem, um video, uma arte traduzida em cores. Talvez todas essas possibilidades são conceitos comuns, é algo que se soma no agora e cria outra possibilidade, desperta a criatividade, amplia a visão, muda o status de travado pra liberto e através desse fluir de ideias cria o novo e acelera.

Velocidade é importante, cadência também. Mas tem horas que as coisas ficam bloqueadas a ponto limítrofe de desistência. É normalmente nessas situações que precisamos de um fato novo, uma ferramenta nova, uma forma nova para destravar e fluir.

Perdi a conta de quantos artefatos, ferramentas, ideias, conceitos foram criados por mim e por outros. Imagino que não só eu tenha perdido a conta e desconheço alguém que tenha um catalogo de todas as suas soluções. Pense que pra tudo que você que me lê já fez, existiu uma história, uma sequência e um “como” específico.

Muitas vezes chamamos de sorte, destino, coincidência de estarmos preparados para os recursos que chegaram naquele instante se solverem em solução para algo. Nesse meio, conjunto, soma, existem os bens comuns. Algo criado por alguém, que nos serve hoje de forma livre sem pedirmos permissão.

Gosto do exemplo do lápis. Um simples lápis, grafite envolto em madeira/fibra. Algo simples que risca, que materializa idéias. Quando o lápis foi criado? Quem criou? Como foi feito? Quantos modelos existiram antes? Quais os primeiros tipos? Quais foram os ciclos de evolução? Onde ele foi usado a primeira vez? Para que e quando?…As perguntas não terminariam, mas confesso que nunca me perguntei isso com a curiosidade do agora. Talvez por que o lápis ja está. Ele foi criado anterior a minha geração. Eu ja fui apresentado a ele como algo normal, simples sem novidade alguma. Deixo o link abaixo com algumas curiosidades que eu desconhecia até agora.

A história do Lápis, fala que ele já tem mais de 800 anos. E foi se atualizando ao longo do tempo, seja na forma de produzir ou no material empregado. Do século XII para cá ele foi evoluindo, reduzindo custo, melhorando a eficiência, sendo tão comum ao ponto de utilizarmos alguns uma única vez e o descartando.

Talvez o lápis seja um exemplo de bem comum. Claro que ele ainda tem um custo de aquisição, ou de uso. Mas um custo tão ínfimo quase que beirando a zero. Já que existem tantos lápis espalhados por ai que se realmente não quiséssemos pagar, conseguiríamos um doado em um lugar não tão distante.

Ta mas e qual o conceito então do bem comum?

Quero aqui descrever como eu contextualizo o bem comum, me baseei na história do lápis pra dar contexto e contorno, mas eu poderia me utilizar da água, do ar, do espaço. Poderia ainda tentar traduzir os bens públicos a bens comuns (mas existem sutis diferenças). A principal é que o bem publico é de propriedade publica, e portanto alguém (entidade) o detém e carece de um nível de permissões ou entendimento das permissões sobre ele.

Bem comum é algo que não se conecta a propriedade nem demanda de permissões. Está lá, pode ser utilizado por qualquer um, a qualquer momento disponível. Durante a sua existência.

É importante esse adicional ao conceito de “enquanto existir”. Afinal tudo deixa de existir em algum momento. Mais ou menos breve, até que seja substituído, superado ou se torne desnecessário.

Talvez ainda não esteja fazendo sentido. Mas comecei a perceber recentemente que documentar o como faço cria artefatos reutilizáveis, como frames que simplificam a ação. Seja um design, uma planilha, um texto, uma explicação, um video, um conceito em si. Tudo isso pode ser traduzido em um bem comum reutilizável. Que agrega valor para aquilo que faço, seja reduzindo tempo de entrega ou ainda melhorando qualidade do que entrego em si.

Como exemplo este canal de perguntas, a estrutura com que escrevo é um bem comum percebido por mim que me facilita escrever outros textos em outros conceitos. O canal que antes servia somente ao blog hoje também é canal de venda de produtos e pode ser traduzido como um bem comum a esses dois fins. Ta mas então não é comum a todo mundo? Provavelmente na percepção de alguém não. Mas podem existir vários níveis de percepção deste bem comum. Os textos em si são públicos, as ideias reutilizáveis, as perguntas abertas podem permitir novos refletires e com esse olhar posso buscar o que dessa ferramenta pode ser traduzida em bem comum.

Percebam que alterar a perspectiva de quem o percebe, mudando o contexto da utilização, pode fazer com que um lápis seja um objeto/produto, ou um conceito de bem comum. O mesmo vale pare este canal, que pode ser um simples canal fechado de comunicação, ou um banco de dados de ideias e perguntas para utilizações infinitas.

Volto a pergunta que entitula o texto, para simplificar o conceito do próprio conceito dentro do âmbito de projetos. O como fazemos pode ser replicado, acelerado ao ponto de um CTRL+C e CTRL+V, simplesmente mudando a perspectiva através do documentar da forma.

Como se ouvir mais?

0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

...e se tudo fosse sobre aprender?

Uma premissa básica talvez? Uma constatação quem sabe? Triste ou feliz, tenso ou relaxado, rico ou pobre, bem ou mal, sei la quantos outros paradoxos extremados binários em que por padrão comum carreg

E de fato o que é sonhar?

Um verbo. Pronto, até aqui concordamos todos. Este é o limite do meu consicente, do pensar, do entender que consigo conectar com qualquer um que me lê, até o meu eu do futuro. O que é? Para quem? De f

Post: Blog2_Post
bottom of page