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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Como é viver sem heróis?

A história e a mitologia estudadas por Campbell descreveram em detalhes o comportamento das jornadas heróicas através dos tempos, como também o comportamento dos povos na história da humanidade frente a estes heróis da nossa existência.

Campbell acabou por descrever também que cada um de nós vive sua própria jornada heróica, em múltiplos níveis, varias jornadas ao mesmo tempo, cada uma com seu desafio. Percorremos no nosso dia a dia, e na nossa história inúmeros desafios que acabam se apresentando dentro de um mesmo padrão histórico, carregados do desconhecido no inicio, passando por nossos piores medos, até que rompemos a barreira destes desafios concluindo as jornadas uma a uma retornando ao conhecido.

Temos individualmente um heroismo particular, nosso, que nos permite fazer muito mais do que esperar até que alguém nos convide.

De alguma forma no decorrer da história acabamos como civilização ficando dependentes de grande LIDERANÇAS HERÓICAS, ou lideres salvadores. Construimos sistemas de governança arquitetados em mínimos detalhes, tanto aqui como em todos os países espalhados pelo mundo na base do controle industrial. Permitimos que os níveis de liderança se sobrepusessem em seu lugar de PODER, em seus lugares de destaque, criamos como grupo de pessoas postos carregados de poder para serem ocupados pelos SALVADORES.

Felizmente, a humanidade mudou, não vivemos mais em povos isolados por fronteiras, nos comunicamos diretamente sem intermediários com o mundo todo, com qualquer lugar do mundo. Algumas culturas e países ainda continuam presos no passado, mas em si, a grande maioria já vive neste mundo interconectado, onde já não dependemos mais dos canais tradicionais de governança.

Podemos individualmente nos expressar, nos instruir, gerar mudanças e fazer mais a partir da nossa escolha particular, da nossa liderança heróica interna.

Tento não me perder mas trago em contexto, que já não é mais possível, da forma que vivemos, continuarmos na esperança de salvadores, na expectativas de grandes heróis. Infelizmente a triste noticia é que estes CARGOS inda existem, e que o sistema ou modelo de governança ainda dependem desses PODERES até que seja transformado.

Precisamos descentralizar, precisamos integrar, interconectar. EU PRECISO, precisamos olhar para as novas formas de nos organizarmos que vem emergindo, e incrivelmente nelas não existe espaço para heróis, ou poderosos, e sim espaço para fazedores, para comunicadores, e mais ainda para a máxima interação do individuo.

As lideranças estão mudando, e já não as vejo mais como heróicas, e sim anfitriãs. Lideranças preparadas para ouvir e conectar o que emerge, ao invés de sobrepor controle no que já existe. Dessa forma a liderança perde PODER e ganha INSPIRAÇÃO.

Precisamos de líderes que nos inspirem, carregados na sua coerência e abertos a anfitriar o que emana da conversa de todos.

Quem nos inspira?

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