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  • Foto do escritorRafael Urquhart

E se pudéssemos não ter expectativas?

Sério? Não sei se me divirto por curtir a vida sem expectativas, tudo acontecendo inesperadamente, ou fico perplexo por não poder prever nada, acrescentar pitacos do que esperaria que acontecesse.

Endoidei, mas sim a expectativa faz parte de planejamentos, faz parte de planos, de organizações, expectar é criar imagens de algo que ainda não aconteceu, não é prever, é esperar ansiosamente por que algo aconteça da forma que esperamos.

As vezes acontece, e supera nossas expectativas. Quem nunca sentiu o prazer de ter uma expectativa superada, um simples jantar virar algo mágico, ou uma viajem simples se tornar uma experiência inesquecível.

Vivemos tentando superar expectativas, não as nossas, as dos outros, sim porque temos que parecer sempre mais forte do que somos, sempre mais velozes do que somos, e na maioria das vezes aparentar estar mais felizes do que realmente estamos. Sentimos vergonha de mostrar quem realmente somos…

“Eu não sou digno ou bom o bastante para amar, ser aceito ou manter um vínculo com alguém. Eis a definição que emergiu de minha pesquisa: Vergonha é o sentimento intensamente doloroso ou a experiência de acreditar que somos defeituosos e, portanto, indignos de amor e aceitação. Muitas vezes as pessoas querem acreditar que a vergonha” (de “A coragem de ser imperfeito” por Brené Brown)

Ao descrever vergonha, nos escondemos do que realmente somos, pelo simples prazer de tentar superar a expectativa de outrem. E assim vivemos frustrados por não sermos nós mesmos, ao tentar superar expectativas dos outros. Nos sentimos frustrados quando os outros não atendem nossas expectativas.

OK, e quando não atendemos as expectativas criadas por nós mesmos sobre nós mesmos? Eu consigo, é fácil… sei, “eu ia publicar um texto todo dia” e não publiquei, falhei um dia. Eu, quando não atendo minha própria expectativa, me puno, não sei se é desespero por ter falhado comigo, ou se é vergonha de não ser tão bom quanto pensava que podia ser.

E daí… sou humano, erro, sou vulnerável, aceito minha vergonha sendo assim mesmo, tropeçando aqui, gritando lá, celebrando ali, e vivendo aqui, cada dia, aprendendo a cada frustração, a cada expectativa desnecessária, na vulnerabilidade de mim mesmo em constante aprendizado e evolução.

Como jogar o jogo do crítico a partir da aprendizagem?

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