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  • Foto do escritorRafael Urquhart

O que acontece quando escuto ou falo a frase “eu já sei”?

Já sei…já sei…já sei…rrrrrrr.

Falando assim parece um resmungo, uma reclamação, e por pior que pareça é assim que me sinto comigo mesmo quando me escuto falando já sei, ele normalmente é perseguido por um sonoro, DENOVO, me mostrando que mais uma vez estou limitando minha capacidade de aprender.

Quando digo que já sei, encerro no instante a porta da aprendizagem, elimino a possibilidade de um caminho diferente, de uma prática, ou até mesmo de revisitar e aperfeiçoar algo.

Revisitei essas frases com uma certa frequência nos últimos dias, a Caroline, minha filha, veio passar 10 dias comigo, esta naquela fase que sabe muito aos seus 7 anos, que sabe tudo quase chegando aos 8…Pois bem, escutar ela dizendo “eu já sei pai” me pegou forte no mesmo já sei do inicio do texto, num tom de resmungo da preguiça de aprender…

Bolamos juntos uma nova frase, toda vez que eu ou ela falamos ou se percebemos no “já sei” mudamos o paradigma para o “estou aprendendo e praticando”, ou “estou aberto a aprender e a praticar”. Um exercício bobo, mas tem mudado o caminho das conversas que teríamos com o eu já sei, e me soa muito mais fácil do que dizer um “não sabe nada” em tom divertido.

Voltando a quando eu falo, o eu já sei as vezes não sai pela boca, mas fica preso no pensamento ao julgar alguém fazendo algo, é como seu eu fizesse aquela premonição do já sei o que vai acontecer. Muitas vezes acontece e fico me achando, mas na maioria algo novo surge, seja um aprendizado para mim ou com o outro que estou interagindo.

Olhar para esse paradigma me remete a “Arte do soltar”, deixar vir o que tem que vir…

Nas dinâmicas de pensamento visual, o principal exercício é o desbloqueio do eu já sei, é o abrir a caixa para experimentar algo novo, preparar o grupo, time ou a mim mesmo para sair da caixa, e abrir-se ao novo, ao inesperado, mesmo que para chegar a esse lugar eu me apoio nas experiencias já vividas, no uso dos conhecimentos, mas praticando novas formas de fazer.

Podemos fazer infinitas vezes, uma diferente da outra, seja o que for, até mesmo mudando para um jeito sorridente de fazer algo que fizemos tristes ou fechados em outrora, essa mudança já é em si um praticar a arte de soltar, e se deixar levar pela beleza do eterno aprender, experimentar e conhecer algo novo.

Quantas coisas novas me percebo aprendendo a cada dia?

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