Existe um tempo, um espaço tempo que vem depois da ação, alguns chamam ele de arrependimento, outros de uma oportunidade de expressar sua vulnerabilidade humana.
Todos erramos, o tempo todo, todo o tempo. Errar vem da imperfeição humana, o erro é combustível primordial para a aprendizagem, lógico, muito mais eficiente aprender através dos erros dos outros, ou da troca sobre a experiencia dos que te cercam pra economizarmos erros. Mas mesmo sobre esta perspectiva, ainda assim existo o erro, em algum grau que tornou possível a aprendizagem sobre ele.
Posso interpretar ainda um erro como um conflito, uma perspectiva sobre certo e errado, ou ainda um erro baseado numa expectativa não atendida, mas talvez no menor grau, esse erro é um conflito entre o que eu fiz, e o que o outro esperava que eu tivesse feito.
Trago essa perspectiva de erro, para perceber que no instante do erro, do conflito existe a possibilidade de emergir o novo, seja na forma de aprendizado, seja na forma de um novo caminho, uma nova possibilidade ainda desconhecida por quem vivencia o erro.
Navego nesse olhar de me permitir continuar errando e ser vulnerável. Quando Brene Brown discorre sobre Vulnerabilidade, e a percebe sensivelmente como fundamental, ela fala um pouco de deixar visível esse erro, de permitir-se este estado vulnerável de ser humano, errar evoluir e se abrir aos demais demonstrando que sim somos aprendizes.
Essa vulnerabilidade aproxima, cria empatia, pois naturalmente todos nos humanos temos essa imperfeição em nós, e como toda comunicação se aproxima no espaço comum, o estar vulnerável nos permite estar próximos dos demais, permitindo que o outro sinta o que sentimos quando erramos.
As vezes a percepção do erro tarda um tempo, chega de alguma forma meses ou anos depois. Mas quando ela é instantânea, temos a opção, de por um lado nos escondermos e não nos fragilizamos, guardando a culpa OU abrir-nos, vulnerabilizar-nos, deixarmos que os outros percebam o quão imperfeitos somos.
É facil? Não, mas escolho brindar nessa imperfeição comum, e seguir os passos da aprendizagem continua de estar onde estamos, no aqui e agora.
Como vejo a arte de pedir desculpas?
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