Reconhecer, conhecer de novo, perceber mais uma vez.
Venha experimentando outras formas de repartir grana em coletivo, através do reconhecimento. Até então chamávamos “Money Pile” ou pilha de grana, por ser efetivamente uma distribuição de dinheiro. Muito embora a dinâmica, já tenha sido feita com fichas, com amendoins, com pedrinhas ou até mesmo em planilhas excel.
Toda vez que fazemos um trabalho, ao final dele, antes de repartirmos os pilas, nos reconhecemos a nós mesmos e aos outros que de alguma forma colaboraram para o projeto ou ação acontecer. No inicio é estranho, surpreendente, emocionante e até mesmo difícil, mas depois que entendemos o quão bom é e o quão simples e revitalizador, o fazemos com amor, com alegria e entusiasmo.
Vivemos em uma era que reconhecemos mais objetos e propriedades do que relações, carros, casas, viagens são mais valorizados que relações, times, equipes e amigos. Esse valor não se remete a dinheiro, mas verbalizamos o quanto nos faz bem todas essas coisas, e esquecemos de falar muitas vezes o quanto nos faz bem o contato com o outro.
Na ultima semana fiz um experimento, 4 (agora ex-moradores de rua) se reuniram para fazer uma atividade, um faxinão em coletivo num grande imóvel. No dia seguinte ao trabalho, os 4 se reuniram em circulo, para conversar.
Na frente deles uma pilha de amendoins, o primeiro passo, depois de se apresentarem e dizerem como estavam, foi cada um recolher 1 amendoim para sua pilha individual, se auto-reconhecendo pelo esforço, ação e aprendizado do dia anterior.
Depois do reconhecimento, cada um deles passou a reconhecer os demais, através do positivo, do apreciativo, o incrível é que quando estamos em um circulo de reconhecimento, os traumas, partes ruins, e mas impressões se dissolvem numa comunicação apreciativa na direção do outro, através de elogios e constatações.
Ao final, a percepção de que todo trabalho coletivo é mais potente quando o reconhecimento permeia as relações. Melhor ainda quando o reconhecimento vira um hábito e se torna recorrente. Ficamos mais conectados, mais presentes, mais valorados e mais abertos a colaboração.
Só podemos reconhecer no outro o que vemos em nós mesmos, e assim quanto maior a frequência e a essência dos reconhecimentos, mais nos auto-conhecemos, auto-valoramos e evoluímos.
Quando foi a ultima vez que reconheceu seus pais?
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