Contei muitas histórias a partir do que eu queria dizer, ou isolado no meu contexto. É como aquela história que conto sem saber quem vai ouvir, ler ou estar presente.
Percebi com o tempo, que contar histórias não começa a partir de quem conta, mas sim de quem a escuta, do contexto em que a história acontece, da mensagem que pode ser recebida para só então criarmos as perguntas certas que conduzem a história.
Sim, são as perguntas as luzes do caminho, perguntas principais como?
A quem interessa esta história? Se ela for percebida, qual o valor entregue? O que de fato essa história proporciona? Quem lê ve uma critica? uma reclamação? ou um compartilhar? O que aconteceu de mais importante? Qual o maior aprendizado? O que foi diferente? O que é novo e o que se repetiu? Por onde começou? Qual foi o desfecho? Qual a palavra ou título que desperta esta história? (confesso que nestas daqui a pergunta sempre ocupou este lugar).
Mas de fato o que mudou? O fato de contar uma história contem em si uma história ao contar. É um fractal, é como se existisse a história dentro da história, a jornada observada ao contar a história, e por consequência, a jornada da própria jornada em quantos níveis profundos formos capazes de documentar e observar.
Fractal é algo limitante se olharmos a nossa capacidade individual de percepção, mas nos cabe lembrar que ao perceber e receber uma história, podemos ter infinitos contextos, infinitas percepções e experiencias que podem dar a essa jornada/história incontáveis possibilidades de fractais percebidos.
A célebre frase, “Acertar dois pombos com um tiro só.” pode sim explicar os improváveis caminhos que uma história pode contar e a quem pode encontrar.
Quais as migalhas que deixamos pelo caminho através das nossas histórias?
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