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  • Foto do escritorRafael Urquhart

O que representa a palavra FIM?

O Fim.

Engraçado que o fim é também o começo quando transito pela palavra finalidade.

Se não existe uma finalidade, não se inicia? Correto? “Para quê?” é uma pergunta que busca em si uma finalidade. Profundo, mas parece que para iniciar eu preciso enxergar o fim.

Quais são os fins? Podem ser múltiplos? Por que o singular da palavra bate tão forte?

A palavra FIM vem sempre em livros, filmes, contos, cursos, etc… O comum nisso são jornadas, histórias que tem um começo, um desenrolar e um fim. E?

Mas quando o fim acontece por outros acontecimentos não previsto, quais são os sentimentos desse fim esperado e inesperado? Um novo paradoxo.

Hoje é um dia de UM grande FIM. Vamos lá um dos Fins. Ou o início dos outros fins.

Complexo? Calma, vou dar contexto pra essa frase em looping ou paradoxal.

Hoje se encerra o ciclo fisico da Simplify, estamos entregando as chaves do espaço localizado na Bastian 121. A casa se fecha, a existência física, materializada se encerra. Acontecem ao mesmo tempo outros finais em função deste, a conta de energia é cortada e finalizada, a conta de internet é finalizada, os móveis tomam outros destinos, todos reaproveitados e destinados, nada jogado fora. O serviço de pintura e reforma teve inicio meio e fim. Talvez a associação que se formou para conduzir o 2020 tenha fim, não sabemos. Tantos fins em um só.

Começo falando destes finais de ciclos físicos, mudanças, entregas de chaves, grupos de WhatsApp que se fecham, e muitas percepções de fins, talvez para alguns o fim do peso de carregar algo, para outros a última linha de receitas e despesas digitada numa planilha, para alguns uma data e para muitos uma continuidade nos seus aprendizados.

Todos estes finais, são normais de um mundo baseado no fim físico, na finalidade física, no hardware.

Escrevemos no livro roxo, que a simplify era um software, que continha a casa como um de seus hardwares.

O hardware ficou obsoleto, já não estava rodando mais, estava travando, gastando muita energia e gerando pouco processamento. O sistema travou, parou, e não fazia mais sentido rodar neste hardware.

Estamos fazendo o backup, gravando os arquivos de instalação, de manutenção, de banco de dados, pra serem utilizados em outros aparelhos. O sistema operacional evoluiu talvez até a versão 3.8 ou 2.9 carregando consigo muitos apps, muitas aplicações que ainda podem rodar em outros lugares, assim como o próprio sistema operacional.

Com essa metáfora, o hardware está sendo aposentado, encerrado. Mas lembra dos FINS, eles continuam, nas pessoas e no legado.

Talvez o legado em video atenda, talvez o legado do livro roxo seja a máxima, talvez vire livro, talvez não vire nada, já que esse legado permite que o software continue disponível em ciclo infinito não acabado.

Incrível como a separação de SOFTWARE E HARDWARE trazem uma paz, o hardware ficou obsoleto, vai ter uso pra outro software muito em breve, sendo locado para outra finalidade. Já o software permanece vivo nas pessoas, na materialização dos aprendizados, no uso dos apps para outras FINALIDADES.

Olhando assim o Fim já fica Menos complexo abrindo espaço para O INICIO DE OUTROS FINS.

Ontem o Gus Pereira fechou a porta pela última vez, já sem luz, a noite, sem nada, nenhum móvel la dentro, nem energia, nem internet, nem baldes, nem vassouras. Terminou como começou, com um hardware sem instalação nenhuma, formatado, pronto para receber outros softwares que se sirvam melhor deste recurso.

Eu não estava em Porto Alegre, mas ao fim da noite liguei pro Gus, não podemos brindar a cerveja, que certamente aconteceria na beira da calçada da Bastian 121, um hardware que permitiu por 20 meses que um grande software fosse vivido, evoluído, criado e principalmente experimentado inúmeras vezes, com seus, apps, possibilidades, dissabores e encantos do fazer.

Como os outros percebem os teus fins?

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