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  • Foto do escritorRafael Urquhart

O que sei que não sei?

Tenho uma listinha com o cabeçalho escrito, “quero aprender um dia”…

Essa lista me traz alguns sinais do que sei que não sei…as vezes visito ela e dou uma atualizada, sem saber muito o para quê. Atualizo com cursos, experiências, ou vivências que quero participar, livros que quero ler e por ai vai.

Essa tal lista do que não sei, se 100% catalogada, seria algo imenso, gigantesco e provavelmente infinito (isso englobando o que sei que não sei, e o que não sei que não sei).

Com certeza o que não sei é muito maior do que eu acho que sei, rsrsrs, será que sei?

Saber ou não saber, eis a questão…

No inicio deste mês estive com o John Croft mais uma vez, e ele me fez revisitar a compreensão entre o SER e o SABER, que vivemos em uma era em que a humanidade está mais preocupada com o saber e se esquecendo de ser.

Escrevi uma reflexão no momento em que ele falava sobre isso, um aha…


“ACUMULAR SABERES GERA ARROGÂNCIA, NOS AFASTANDO DA VULNERABILIDADE DO NÃO SABER”


Quando leio esse pensamento, me permito refletir sobre o prazeroso que é não saber, me vem em mente as experiências que tive no sertão da Bahia, onde famílias isoladas do mundo tinham uma felicidade em si, através do pouco que conheciam do mundo, suas verdades e realidades eram muito distantes das minhas, sua vulnerabilidade era visível, sentida através da simplicidade com que viviam, e ao olhar para esse positivo, talvez a analise preliminar minha de que viviam em miséria, passava desapercebida.

Como tenho exercitado sair da lógica do certo e errado, e simplesmente aceitar as perspectivas distintas, me faz refletir mais um pouco…

Quem vive com mais plenitude? Quem está SENDO, e vivendo mais através do ser?

Talvez o que ACHO que sei, vem muito do que eu fui ou experimentei ao longo da minha vida, das situações positivas e negativos que somaram aprendizado, querer convencer alguém a partir delas, sem que o outro as tenha vivido, é uma arrogância, talvez uma agressão. Preciso voltar ao SER, e entender que cada um tem sua história, que as interações entre nós humanos é que causam novas experiencias, novas vivencias ampliando o campo de possibilidades.

Frequentemente nas minhas interações e relações, a arrogância do saber se manifesta, e ao mesmo tempo tem sido um exercício deixar surgir o que emerge disso.

Tenho certeza que não sei 1% da experiencia do outro que interage comigo. Tenho a certeza de que eu não sei, e talvez nunca vá saber, tudo o que o outro sabe?

Escrevo mais uma vez, um pensamento que encerrei um dos meus cadernos de anotações:

NADA SEI E ISSO ME FORTALECE NO INESPERADO FUTURO QUE EU VOU CRIAR, FAZER, CELEBRAR E SONHAR

O que não sei que não sei?

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