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  • Foto do escritorRafael Urquhart

O que te paraliza? (14/abr)

O medo, a frustração e a fragilidade.

Aprendi a brindar a vulnerabilidade que nos conecta, mas sutilmente podemos entrar em um estado de fragilidade que não apoia, que quebra, que enfraquece.

Fisicamente, meu não cuidado gera baixa energia, e consequente desmotivação. Mas mais potente que meu cuidado fisico, com meu corpo, é o cuidado com minha mente. Quando assumo coisas em quantidade não suportável sem me dar conta, estendo apoio a mais pessoas que realmente posso ajudar, começo a focar no outro ao extremo e me descuido de mim, e isso me paralisa brutalmente.

No domingo 24 paralisei, chorei, entrei em colapso como a muito tempo não entrava, estava bloqueado sem conseguir escrever, sem me sentir apto ou útil a produzir qualquer coisa, com sentimentos negativos de toda ordem em direção a mim mesmo, sobre o que fiz, e sobre as perspectivas futuras do a fazer.

Bloqueio total, vontade de não levantar, de não fazer nada e ao mesmo tempo apavorado com a lista gigante de coisas por fazer, muita coisa aberta, cabeça cheia, sem espaço pra pensar.

Passei o dia, paralisado, sem conseguir força ou movimento para fazer qualquer coisa, até mesmo escrever. Ao final do dia, o bloqueio ou paralisia emergiu em lagrimas de fraqueza e fragilidade extrema por algumas horas, como se tudo estivesse perdido. Minha rede mais próxima de apoio, minha esposa a SU, sustentou meu equilíbrio nesse momento e me devolveu a paz, uma paz momentânea, que ainda precisa de tempo para cicatrizar e refletir.

O bloqueio em mim, vem da não confiança em mim mesmo. Quando começo a duvidar de mim mesmo, duvidar dos meus sonhos, das minhas atitudes, dos meus feitos, das minhas habilidades e por fim me perco em pensamentos e sem produzir efetivamente nada.

Sempre tive a habilidade de resolver e colocar coisas em movimento, mas com dificuldade nas acabativas. Começar, sonhar, colocar em movimento para mim é fácil, mas depois o desgaste das minhas frustrações e auto-sabotagens vão imobilizando ao ponto de eu não confiar em mim mesmo, me paralisando e não entregando.

Parece maluco, e imagino que acontece com muitos, a não confiança em si mesmo bloqueia ao ponto de desconfiarmos de tudo, colocarmos barreiras e crenças limitantes onde não existem, construir mecanismos para comprovar esta não confiança e contar histórias destrutivas sobre si mesmo.

Podem chamar de depressão, burnout, desilusão, perda de sentido, inúmeros estudos e termos para explicar quando o humano chega ao seu limite, e é necessário parar, centrar, rever e RESTABELECER A CONFIANÇA EM SI MESMO.

Facil? Não. Difícil? Sim. MAS SIMPLES, parar a mente e voltar a escolher.

Por algum motivo, entro em ritmo acelerado e deixo de escolher e dizer não, vou dizendo sim pra tudo, querendo fazer e apoiar tudo e todos, acumulando assuntos, aprendendo mais e mais, experimentado pra todo lado, e no fim sem foco em nada acabo me autodestruindo, e sabotando a mim mesmo.

Dizem que o extremo disso leva a loucura ou suicídio. Talvez ambos sejam parecidos. Mas é possível voltar ao movimento antes, freando a mente, o tempo, refletindo, talvez num despejar de NÃOS momentâneos, pra SIMS certeiros no que me mantem em movimento.

Como pedir ajuda neste caso sem se colocar frágil ao extremo ou em posição de vitima?

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