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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Onde dói quando sinto culpa? 

Sentir…Dor…culpa…

São só 3 palavras mas dizem muito do que vivemos todos os dias, tem dores que não sabemos explicar, só se pode sentir, podemos transcrever a palavra dor para desconforto, ou moléstia (como dizem o pessoal do nordeste), mas explica-la envolve contexto, história, perspectivas, situações. Toda dor por culpa envolve uma longa história.

Sim, dói, incomoda, perturba, pesa no bolso, na mente e no tempo…Sentir-se culpado é algo só humano que provoca reações das mais diversas, geralmente nada positivas. Quando me culpo comigo mesmo preciso de um espaço tempo para refletir e me perdoar, quando essa culpa envolve outro, as vezes pode nunca ser sarada, ou ficar remoída por anos ou décadas.

A culpa é vista sempre como algo negativo, sentir-se culpado é não ter atendido alguma expectativa, seja ela consigo próprio ou com outros. Normalmente a pior das culpas são as que sentimos com nossa alma, com nossa psique. Mas será que a culpa não é um recado? Um sinal? Uma informação como aquelas de painéis de avião? Será que sentir culpa não é um sinal de que algo precisa ser feito, conversado, esclarecido, ou simplesmente PERDOADO.

Para quantas pessoas aponta hoje o dedo da culpa, do ressentimento?

Quantas histórias ainda contas como vitima, da culpa de outro?

Quantas histórias ainda conta pra sim mesmo se pondo ainda em culpa, retroalimentando a mesma?

Comecei perguntando aonde dói? E juro que não sei descrever o lugar, dói no espaço, dói no olhar, dói no pensamento, dói no coração, na respiração, dói pra todo lado. Sentir-se culpado é um desconforto semelhante a uma dor de dente, não tem auto-solução, o remédio é só paleativo, a dor persiste até que alguém resolva a raiz do problema, no dente o dentista, na culpa o PERDÃO.

A palavra perdoar me soa profunda, profética, talvez a mais milenar das palavras, e também uma transcrição de cura ou alivio. Ahhh é difícil perdoar…é imperdoável…será?

Convivemos…um segundo, eu convivo com algumas dores ainda de culpa, sobre situações que não posso mudar, mas também convivo com situações que ainda podem mudar. Estava a 5 meses sem falar com meu irmão, por culpa de ambos os lados, por falta de escuta de ambos os lados. Sentia a culpa e não fazia nada, carregava junto comigo, eis que a noticia da vinda de um novo ser na família, filh@(s) (ainda não sabemos quantos e o sexo), trouxe a possibilidade de uma nova conversa, de uma nova aproximação, de um perdão de ambos os lados.

Trazer presente na culpa como sinal do que ainda posso mudar. Ou senti-la em situações de que tenho que ver o que aprendi, perdoar e seguir caminhando, me nutrem de sabedoria, me nutrem de bem estar, e no presente me fazem bem, trazem alivio e cura de dores que nem mesmo sei onde doem.

Como simplificar o perdão? Como começar?

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