Para que nos multiplicamos em tantos? (09/abr)
- Rafael Urquhart
- 10 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Passei muito tempo me dividindo, entre atividades, entre responsabilidades, entre desejos, entre atenções.
Ainda sigo me dividindo o dia todo, me multiplicando em projetos, ações e cuidados que acabo abrindo. A ilusão do multitarefa acaba criando confusão, estamos em varias frentes e não estamos em nenhuma. Por um tempo eu dividia o meu tempo, mascava as horas, pra estar num projeto, hora em outro, dividia o tempo pra cuidar de mim, e o tempo pra cuidar do outro. De alguma forma nessas divisões, por muitas vezes me perdi, não cuidando nem de A e nem de B.
Certa vez, troquei uma ideia com um mestre, minutos depois de atritarmos, ele me convidou pra um zoom, e abriu a conversa me perguntando o que estava acontecendo, reagi com um simples, NÃO ESTOU DANDO CONTA, e ele DE QUÊ?
Divido meu tempo e não consigo me manter eficiente o tempo todo, o contraponto foi simples, do tipo, Para quê divides o tempo se tu é só um? Só existe o Rafa? Não existem múltiplos Rafas, criar múltiplos Rafas é um trabalho que gera gestão, preocupação e afazeres que complicam ainda mais. Seja só você.
Pareceu simples, mas por obvio não ficou nada fácil. Me multiplico ou me divido pra me adaptar a todos os contextos possíveis, por muitas vezes a depender, mascaras apareceram, não por mal, mas por necessidade de sobrevivência. Agir no meu natural, pra alguns assusta, e assim vivo no presente cuidando de como hajo, na minha multiplicidade.
Funcionou? Não. Se a busca é por simplicidade, por que nos multiplicarmos em tantos.
Só existe eu, o meu tempo, o agora, e o que amo fazer e faço bem, e é tudo junto ao mesmo tempo . É sobre ser eu mesmo, projetando o meu melhor dentro do meu parâmetro de melhor, sem múltiplos, único em minha unicidade no que sou agora, múltiplos de tudo que veio antes.
Como projetar o melhor de mim no mundo?
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