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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Para quê colocamos significados em caixas fixas objetivas e desrespeitamos a subjetividade das coisa

Sou um teimoso nato, que tal me perceber ESTANDO TEIMOSO em alguns momentos?

Como muitas vezes recebi feedbacks de teimosia, em algum momento passei a me considerar um ser teimoso, criei um significado FIXO, de que SOU TEIMOSO, mas sou mesmo? Ou me comportei assim em determinados momentos?

Posso atribuir significados que ficam enraizados no meu consciente, na ultima semana falta de uma característica minha de SER CHATO PARA HORÁRIOS, fui questionado se isso é bom ou ruim, e se sou realmente chato? Talvez alguns feedbacks pedindo pra eu ser menos rígido, tenham criado um significado em mim de que ser pontual é ser chato, ao invés de eu significar isso como uma característica positiva minha.

Se faço isso comigo mesmo, e provavelmente muitos de nós fazem também, que outros significados temos sobre o mundo, sobre os outros, sobre nós mesmos que são engessados? Para que objetivamos tanto os significados?

Lembro das questões de provas, que tinha questões objetivas e questões subjetivas, as de marcar ou de uma resposta exata, ou as que a resposta podia ser carregada de uma interpretação ou observação. Tento agora lembrar quais disciplinas eram mais carregadas de subjetividade, me recordo de literatura, filosofia e acho que história.

Por sermos humanos estamos imersos no subjetivo, toda situação tem mais de uma perspectiva, pode ser vista de ângulos positivos diversos, e claro também negativos. Como estamos o tempo todo sendo cobrados, ou castigados a partir de percepções negativas, de alguma forma começamos, eu e nós, a perceber a maioria das situações pelo olhar negativo, esquecendo que em tudo existe um positivo.

Ainda assim começamos inconscientemente a criar conceitos e significados fixos, rígidos sobre as situações. Guardamos na memória experiencias traumáticas vividas pela ótica negativa, e que se repetem em nossas cabeças constantemente. Percebi que posso revisita-las e encontrar uma subjetividade linda nestas lembranças. Percebi também que posso viver mais relaxado, dando outros contextos, respeitando a subjetividade com toques suaves de objetividade.

Ainda não sei bem o tom, ou a medida, mas entendo que colocar significados rígidos encaixotados só me leva ao embotamento, a paralisia, e em algum lugar isso me trava no passado. Percebo que me resulta bem melhor navegar na subjetividade, na certeza da mudança, na sensibilidade de ver que tudo é mutável, e que nenhum significado é permanente e pode ser alterado de imediato pela simples troca com a percepção de outro, as conversas podem me agregar outras perspectivas, me mostrando o quão lindo é ser subjetivo.

Qual a singularidade da subjetividade?

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