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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Por que é tão difícil escolher?

Acredito que não é por ter muitas opções e sim por ter uma infinidade de reflexos possíveis.

Conseguimos enxergar mais além, talvez a tecnologia, dados, comunicação e todos os artefatos que nos distraem, também são os mesmos que nos permitem olhar além do momento, nos trazem dados, histórias e possíveis consequências de toda escolha que tomamos.

Acredito que não é que tenhamos mais escolhas (em quantidade sim, precisamos escolher mais), a questão é que tudo foi transformado em escolha baseada em consequência. Tento imaginar como era na década de 50, quando não se sabia o reflexo de algo novo, quando a informação se arrastava e era preciso fazer para aprender, não existia google ou Wikipédia. Era só chegar e fazer, a escolha era fazer. Eram infinitamente menos recursos, informações, conhecimentos e histórias mas acho que as pessoas eram mais decididas, tomavam pra si as situações, se experimentavam e faziam, não tinha escolha, era fazer ou fazer, mesmo que esse fazer se repetisse por 20 ou 30 anos.

Olho para o meu entorno e me percebo imerso numa infinidade de escolhas, na grande maioria delas o reflexo é assustador, o risco é gigantesco, a loucura é tão próxima que se tomamos um caminho inusitado todos a volta nos olham espantados. Ao mesmo tempo o não escolher é possível, ficar parado, seguir o caminho mais fácil, não olhar pro que aparece, desligar as telas e se isolar, a mente fica mais calma, mas la no fundo o sentimento de duvida e do “e se” se debate.

Incrível, por que não estou falando a partir do meu contexto, mas sim do contexto que tenho observado. Os mecanismos de venda estão ai disponíveis, os modelos de negócio estão abertos, as regras dos jogos cada vez mais transparentes, as ferramentas, conhecimentos e mestres cada vez em maior quantidade a nossa volta. Será que estamos percebendo essa inundação?

O que acontece quando não vemos o todo que está a nossa volta?

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