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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Quais estruturas já me percebi criando e como elas podem ajudar outros?

Quando leio a palavra estruturas, em algum lugar me conecto com rigidez, força, algo estático, imutável, base, alicerce, fundação ou ainda esqueleto que sustenta o todo.

Essa palavra se desdobra ainda em outros significados ligados a infraestrutura de sistemas, sejam eles rodoviários, públicos, ferroviários ou até mesmo de tecnologia da informação.

O que é engraçado é que poucas vezes olhei pra essa palavra como estou indo agora, ligada a forma, meio, caminho ou suporte. Pensar nas estruturas que crio com um viés do como, sai do físico para imaginável, transborda o visível e tangível, para o invisível e intangível onde também existem estruturas.

O ponto que quero trazer aqui não é para as ferramentas em si, ou para objetos físicos criados, como estrutura que naturalmente o são. Quero trazer o foco, para as estruturas de utilização destes objetos, para a forma como utilizamos x para chegar a y.

É como se eu quisesse traduzir equações lógicas (que por hora estão na minha cabeça), que possam servir a outros para economizar tempo e ganhar conhecimento em escala.

Minha virada de chave é recente, mas trazer o foco para o “como” tem me ajudado a ampliar a consciência da minha experiencia até aqui. É como que eu pudesse perceber que tudo que fiz, experienciei, experimentei, testei, construí ou validei tivesse uma linha condutor comum de evolução de como fiz essas coisas, seja gerir projetos, construir obras, criar contextos ou refletir aqui nestes textos.

Quando percebo que existe um “como” em mim, que posso transformar em “commons” quando somado a experiencia de outras pessoa, ou seja, a minha experiencia transformada em algo replicável quando somada a outras, pode servir a infinitos contextos, pessoas, meios e resolução de problemas ou narrativa de soluções, tudo depende do viés da perspectiva.

Olhar pra isso me traz ainda mais a certeza, que a entrega de valor não está no “o que” nem no “Para que”, mas sim no “como”. Como você se sente quando completa algo? Como você se percebe quando conquista algo novo? Ou ainda quando evolui em algo? Seja em conhecimento ou na vida mesmo? Como é este como?

Volto a velho história da caneta, que pode ser só mais uma caneta, num pote escondido, numa gaveta ou numa lata de lixo, ou pode estar na mão de alguém muito importante, transcrevendo em tinta uma assinatura de um grande acordo, ou ainda materializando pensamentos em palavras no caderno de alguém ou ainda mais relevante, na mão de uma criança traçando seus primeiros traços.

Perceba que o valor está em como acesso. E não no que possuo.

Por isso volto para a pergunta, e percebo que meus livros, minha escrita, minhas perguntas, meus trabalhos, cargos e ferramentas, são só “o ques”, que o verdadeiro valor está em como transformo o uso e o como desses objetos em potencial conhecimento pratico, para replicado e uso de muitos outros.

O que é “commons”pra você?

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