Neste momento escrever este texto, mas alguns minutos atrás foi preparar um café.
Me faço essa pergunta com frequência ao longo do dia e tem funcionado para mim. Claro que as vezes escolho a resposta em uma lista que fiz antes, mas na grande maioria das vezes o mais importante a fazer agora não esta numa lista e sim vivo a minha frente pedindo atenção.
Minha mente tem uma prisão no fazer, uma cobrança interna por estar fazendo sempre mais e mais. Chamo de autocobrança mas podia chamar em alguns momentos de auto-aprisionamento . Sempre tem algo por fazer, a lista invisível na minha cabeça não termina, se comporta como um fungo se reproduzindo exponencialmente ao ponto em que as vezes o mais importante é respirar.
Sim, nesse ciclo de fazer, fazer e fazer, esqueço que minha respiração melhora quando estou concentrado nela, acabo de respirar profundamente e você? Tem horas que a coisa mais importante a fazer é respirar, e isso não é sinônimo de não fazer nada. Tentei não fazer nada esses dias e fiquei 2 minutos controlando o tempo de quanto eu aguentava ficar sem respirar, em algum nível de perspectiva fiquei sem fazer nada. Outra vez tentei dormir e me peguei sonhando, meditei e não vi o tempo passar mas inúmeras imagens e sensações apareceram.
A questão é sobre escolha? Escolher não fazer anda é ao mesmo tempo escolher fazer algo que me faz bem em algum nível.
A palavra coisa é interessante, parece que diminui a ação. Vou experimentar substituí-la na pergunta para ver o quanto isso altera minha percepção.
Qual o passo mais importante que precisa ser dado agora?
Me senti mais leve no caminhar do que no fazer, o contexto é o mesmo, mas a metáfora do caminhar em pequenos e constantes passos parece mais suave comigo e com o que escolho fazer. Talvez “a coisa mais importante agora” seja continuar caminhando e estar presente nas pequenas entregas e conclusões. Celebrando-as como mais um simples passo dado na caminhada do viver diário.
Como você mede seus passos?
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