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Foto do escritorRafael Urquhart

Qual realidade quero pra mim?

Uma realidade sutil e benéfica que não se distância da realidade da grande maioria.

É duro pensar que a minha realidade (a percepção que tenho do que interajo e me cerca) é limitada e distante da realidade de quem vive mais a periferia de onde estou. Isso não invalida a minha percepção de realidade, faz com que ela seja parcialmente certa a partir dos que interagem comigo, mas incompleta em função das distancias e disparidades.

É duro também intencionar que a minha realidade abranja todas possíveis, como realidade única e a mais verdadeira, isso soa tão utópico como também arrogante. Por fim é mais simples aceitar que posso perceber a partir do que posso interagir, e sendo assim minha interação é limitada ao tempo e espaço que ocupo.

Sobre querer, é como se um desejo forte fizesse com que a minha realidade fosse mais equilibrada com todas as outras existentes, me permitindo estar presente no aqui e agora. Isso me deixaria mais despreocupado com o impacto que minha realidade gera nos outro. Felizmente não é assim que a banda toca e que bom. Afinal se me preocupo com o impacto da minha realidade nos demais, gero novas interações e percepções junto a eles, ampliando a minha própria realidade, aproximando-a e equilibrando-a com meu entorno..

Em suma, tudo que faço aqui e agora impacta o campo e as pessoas a minha volta, num todo e a todos, tão amplo, mas tão amplo que não é possível perceber, nem sequer sentir. Quem sabe um dia, essas distancias sejam mais curtas, e possamos gerar esse equilíbrio juntos, sintonizados com o todo.

Como nutrir uma habilidade?

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