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  • Foto do escritorRafael Urquhart

Quando dar o salto?

…não estou pronto.

Não são poucas as históricas que me veem em mente dos saltos que não dei ou adiei. Dos momentos em que uma voz interna me disse que faltava algo, que não estava pronto. Também me lembro dos momentos opostos, daqueles do salto óbvio. Independente do contexto, pra quem já pulou de paraquedas é fácil lembrar o instante da decolagem e do não retorno, aquele exato instante que não dá mais pra adiar, que não tem volta, é saltar ou saltar. A escolha já está tomada e o salto é o próximo passo.

Faço uma pequena pausa, para olhar para outros contextos intermediários. Vivi e ainda vivo com um cuidado imenso ao que já fiz, ao que já tenho, a história até aqui. Esse cuidado é sobre segurança, permanência, sobre não abandonar o que já se tem, e ter todo cuidado para não estragar o que já foi feito. É como se o apego ao passado fosse a amarra que impede o salto, não dá pra escolher as duas coisas, existem saltos que ou se salta deixando tudo pra traz ou não se salta.

Vivi os últimos 5 anos com uma amarra profissional, uma amarra as 10 mil horas de voo, a experiência, as situações já vividas, recomecei algumas vezes, dei alguns pequenos saltos, mas em todos eles era como se sempre tivesse uma corda de segurança ou um pára-quedas reserva infalível, sempre existia um plano B, uma amarra que me protegia, e ao mesmo tempo impedia loucuras maiores ou o verdadeiro salto. Escolhi pequenos saltos, mas parece que o medo da perda fez com que eu saltasse sem força, com medo e sempre com a opção de voltar do salto.

Quando? Quando não tiver volta. Quando a escolha não permite recuar. Quando a confiança no futuro da um caminho no presente.

Se é bom saltar? Não sei, talvez não seja boleano, não se trata se bom ou ruim, certo ou errado, perigoso ou seguro. Saltar é só saltar, seja a 10 mil pés ou apenas 1 metro, o tamanho do salto você escolhe, só que depois de ir não dá mais pra voltar, se não, não é um salto.

Qual a importância do improviso?

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